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quinta-feira, 23 de agosto de 2018

CONHEÇA O PAI DA MUSCULAÇÃO EUGENE SANDOW

















Eugene Sandow, nascido Friederich Wilhelm Müller (Königsberg, 2 de abril de 1867 - Londres, 14 de outubro de 1925) é considerado o pai da musculação e criador do fisiculturismo. Sandow era filho de pai alemão e mãe russa. Sua família era luterana e queria que ele se tornasse um ministro da religião. Ele deixou a Prússia em 1885 para evitar o serviço militar e viajou por toda a Europa, tornando-se um atleta de circo e adotou “Eugen Sandow” como seu nome artístico.
Em Bruxelas, visitou o ginásio de um amigo forte, Ludwig Durlacher, mais conhecido por seu nome artístico "Professor Attila”. Durlacher reconheceu o potencial de Sandow, e como seu mentor, em 1889, encorajou-o a viajar para Londres e participar de uma competição de strongmen. Sandow bateu o campeão atual, ganhando fama e reconhecimento por sua força. Isso o lançou na carreira, tal qual uma estrela do atletismo. Logo estaria recebendo solicitações de toda Grã-Bretanha para exibições. Nos próximos quatro anos, Sandow refinou sua técnica e trabalhou com o entretenimento popular, fazendo levantamentos de pesos e incríveis proezas de força.

















Florenz Ziegfeld queria exibir Sandow em Chicago, em 1893, mas Ziegfeld sabia que Maurice Grau o mantinha preso a um contrato. Grau queria mil dólares por semana, como Ziegfeld não poderia arcar com tamanho compromisso, concordou em pagar dez por cento das receitas brutas.[6] Em 1894, Eugene Sandow foi destaque no filme curta-metragem "Souvenir strip of the Edison Kinetoscope, Sandow, the modern Hercules" pela Edison Studios. A primeira competição oficial de fisiculturismo ocorreu em 1901, em Londres, Inglaterra. Possivelmente existiram outros campeonatos, mas este foi o que apresenta um registro oficial. Esta competição esportiva foi intitulada "The Great Competition" e foi idealizada e realizada por Sandow, com o objetivo de escolher o físico mais próximo dos critérios estabelecidos. O evento levou três anos para ser planejado e teve a participação de 156 atletas. Competiram militares, carteiros, auxiliares de trabalhos braçais e atletas diversos.
Ziegfeld descobriu que o público estava mais fascinado pelos músculos salientes de Sandow, do que pela quantidade de peso que ele levantava, portanto, ele sugeriu que Sandow fizesse poses, as quais ele chamou de "exibição de músculos". No show foram adicionadas quebras de cadeia ao redor do peito e outros números chamativos. Sandow rapidamente se tornou um destaque.
Foi anunciada, em julho de 1898, a primeira edição da Sandow's Magazine, aberta a todos os alunos de Sandow espalhados pelo Reino Unido. Os critérios de julgamento foram estabelecidos por Sandow e eram os seguintes: 1. desenvolvimento muscular geral, 2. desenvolvimento equilibrado ou simétrico, 3. condição de tonicidade, 4. saúde do atleta e 5. condição da pele. As roupas da competição eram: bota preta, cinto preto e uma roupa com pele de leopardo. Doze foram os finalistas que foram colocados em pedestais para realizarem sequências de poses para serem julgados pelos árbitros.
O vencedor foi Willian Murray, de Nottingham, que mais tarde se tornou ator, cantor e músico. Em segundo lugar ficou D.Cooper de Birmingham e em terceiro, A.C.Smyth de Middlesex. Os jurados foram Charles Lawes, um notável escultor da época, Arthur Conan Doyle, o famoso criador de Sherlock Holmes e o próprio Eugene Sandow, que ficou como mediador para somente dar sua posição em questões de empate. O curioso é que o prêmio para este campeonato que escolheu na época o físico mais fabuloso do mundo foi uma estátua de Eugene Sandow banhada em ouro, segurando uma barra com pesos de bola, a mesma que é usada até hoje para premiar o físico mais fabuloso do mundo, no campeonato Mr. Olympia.





A estatueta foi idealizada pelo escultor William Pomeroy em 1891. O segundo colocado recebeu a mesma estatueta em prata e o terceiro em bronze. Além da estatueta, o vencedor ganhou o equivalente hoje a cinco mil dólares. O evento foi realizado no Royal Albert Hall, de Londres, em 14 de setembro de 1901 e o interesse foi tão grande que milhares de pessoas se amontoaram na porta de entrada, send o que foi registrada a presença de 15.000 pessoas nas finais. Por isso, Eugene Sandow é considerado o pai do esporte fisiculturismo onde se tem por objetivo sagrar como campeão quem tem o melhor desenvolvimento muscular. Foi ídolo desse esporte e por 30 anos foi considerado o melhor físico do mundo, sendo um ídolo muitas décadas antes de Steve Reeves, Arnold Schwarzenegger, Dorian Yates, Ronnie Coleman entre outros.
FONTE: https://pt.wikipedia.org/wiki/Eugen_Sandow


segunda-feira, 16 de julho de 2018

O BENEFÍCIO DO TREINAMENTO COM PESOS PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES


                 Ainda temos em nossa cultura que a prática da musculação pode ser prejudicial para criança. Afinal o medo de atrapalhar o crescimento saudável é notório na preocupação de muitos pais. No entanto os principais órgãos na área da saúde internacional, como American College of Sports Medicine, The American Orthopedic Society of Sports Medicine, The American Academy of Pediatrics e National Strength and Conditioning Association, recomendam o treinamento de força para essa faixa etária.
O que deve ser deixado bem claro é que o fator de crescimento é determinado geneticamente, porém sofrem grande interferência de fatores ambientais como ingestão alimentar adequada, diferenças étnicas, efeitos climáticos, doenças, fatores psicossociais e condição socioeconômica.

                  Sendo assim todo tipo de prescrição deverá ser respeitada a individualidade biológica, e para essa faixa etária isto não seria diferente.
Benefícios que crianças e adolescentes na prática da musculação (RISSO,1999):

Beneficios:
1) aumento da força muscular;
2) melhora nos testes motores de aptidão física e performance;
3) melhoria no desempenho esportivo;
4) diminuição de ocorrência de lesões;
5) melhoria no desempenho atlético;
6) manutenção da saúde;
7) redução do estresse emocional;
8) redução no tempo de recuperação de lesões;
9) auxiliar na prevenção de doenças músculo-esqueléticas;
10) aumento da auto-estima, imagem e consciência corporal;
11) melhora nas medidas de composição corporal;
12) diminuição da pressão sanguínea de adolescentes hipertensos;
13) melhoria nos níveis de lipídios sanguíneos;
14) diminuição da gordura corporal.

Prescrição:
  1. Entrevista com pais e filhos; 
  2. Anamnese;
  3. Objetivo;
  4. Avaliação cineantropométrica;
  5. Adaptação (aprendizagem e coordenação)
  6. Número de repetições (numeração subjetiva até a falha concêntrica) 
  7. Teste de carga máxima(quando necessário); 
  8. Frequência semanal;
  9. Número de exercícios;
  10. Tempo disponível. 
                  Orientações básicas para progressão dos exercícios de força para crianças de acordo com a faixa etária (FLECK & KRAEMER, 1999):

– De 5 a 7 anos: exercícios básicos com pouco ou nenhum peso desenvolvendo o conceito de uma sessão de treinamento; ensinar as técnicas dos exercícios; utilizar o peso do corpo para alguns exercícios; exercícios com parceiros e cargas leves; volume baixo de treinamento;

– De 8 a 10 anos: aumentar gradualmente o número de exercícios; praticar técnica de todos os levantamentos; iniciar incremento gradual, progressivo e de carga nos exercícios; manter exercícios simples; aumentar o volume de treino lentamente; monitorar a tolerância ao stress no exercício;

– De 11 a 13 anos: ensinar todas as técnicas básicas dos exercícios; aumentar o peso gradativamente nos exercícios; enfatizar a técnica nos exercícios; introdução de exercícios avançados com pouca ou nenhuma carga;

– De 14 a 15 anos: programa de força mais avançado progressivamente; incluir componentes específicos do esporte; enfatizar a técnica e aumentar o volume;

– De 16 anos ou mais: nível inicial de programas para adultos depois que toda a experiência anterior tenha sido ganha;
Caso a criança na sua determinada faixa etária não tenha experiência anterior a progressão deve ser iniciada em níveis anteriores, e depois para níveis mais avançados conforme a tolerância ao exercício, a destreza e o entendimento permitirem. (FLECK & KRAEMER, 1999).

Algumas diretrizes (MALINA; BOUCHARD, 2009):

-Cada criança deve compreender os benefícios e riscos associados ao treinamento de força;
-O equipamento deve ser adequado ao tamanho da criança. Caso não seja possível, a utilização de halteres e barras pode ser uma boa opção, desde que o indivíduo possua uma boa coordenação;
-O aquecimento específico ou geral deve ser realizado cuidadosamente;
-A carga deve ser aumentada sempre de forma progressiva;
-75% e 85% de 1RM, promove aumento significativo na força muscular de crianças e adolescentes;
-Realizar de 6 a 15 repetições, priorizando os exercícios multiarticulares;
-Frequência semanal: 2-3 vezes, permitindo sempre que ocorra uma adequada recuperação;
-O treinamento deve ser periodizado adequadamente;
-A ingestão de líquidos deve ser constante a cada 15-20 minutos;
-A alimentação adequada é fundamental para a saúde na qualidade de vida e na performance;
                    Esse é primeiro trabalho literário sobre treinamento com pesos para crianças e adolescentes, Preparação Física com utilização de sobrecargas para Esportes de Luta do Prof.Waldemar Guimarães.



E necessário uma avaliação médica, e autorização dos pais para iniciar o trabalho.



REFERÊNCIAS

GUIMARÃES NETO, W. M. Preparação Física com Utilização de Sobrecarga nos Esportes de Luta. volume 4. Phorte Editora, 2001.
CÂMARA LC, SANTARÉM JM. Exercícios resistidos para crianças e adolescentes: Segurança, eficácia e treinamento. R. Méd. Ana Costa, v.11, n.4, p.82-87, 2006.
De OLIVEIRA AR, & GALLAGHER, JD. Treinamento de força muscular em crianças: Novas tendências. R. Bras. Ativ. Física e Saúde, v.2, n.3, p.80-90, 1997.
De OLIVEIRA AR, & GALLAGHER, JD. Treinamento de força em crianças de 6 a 12 anos de idade: Um estudo em meta-análise. Anais do XX Simpósio Internacional de Ciências do Esporte, São Paulo-SP, n.226, p.120, 1998.
LOPES, Andrei Guilherme. Possíveis alterações epifisárias em função do treinamento de força muscular em pré-puberes. 2002. Monografia (Curso de Educação Física) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina. 2002. 38p.
MACHADO, Dalmo Roberto Lopes. Maturação esquelética e desempenho motor em crianças e adolescentes. 2004. 91 f. Dissertação (Mestrado em Educação Física) – Escola de Educação Física e Esporte, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2004.
FLECK, Steven J. Fundamentos do Treinamento de Força Muscular – 2ª edição – Porto Alegre – R.S. – Editora Artes Médicas Sul Ltda – 1999.
FLECK S. Riscos e benefícios do treinamento de força em crianças: Novas tendências. R. Bras. Ativ. Física e Saúde, v.2, n.1, p.69-75, 1997.
MALINA, R. M. Biological maturity status of young athletes. In: ________. Young athletes, biological, psycological and educational perspectives. Champaign: Human Kinetics, 1988. p. 121-40.
MCARDLE, William D., Katch I. Frank & Katch L. Victor. – Fisiologia do Exercício. Energia, Nutrição e Desempenho Humano – Ed. Guanabara Koogan S. A. – 4ª edição – Rio de Janeiro R.J. 1998.
RISSO S, LOPES AG, De OLIVEIRA AR. Repensando o treinamento de força muscular em crianças pré-púberes na faixa etária de 6 a 12 anos de idade. Treinamento desportivo, v-4, n.1, p.48-54, 1999.
ZATSIORSKY, Vladimir M. – Ciência e Prática do Treinamento de Força – São Paulo – S.P. – Phorte Editora Ltda, 1999.

quinta-feira, 12 de julho de 2018

PULLOVER, QUANDO UTILIZAR ESSE EXERCÍCIO?

Talvez um dos exercícios da musculação  mais questionável, o Pullover envolve diversas variáveis.







                            
   

         
                                          Uma das discussões mais complicadas em academias ginásticas, quando pensamos em exercícios e sua real efetividade, é a do pullover. Este movimento, muito usado desde a old school do fisiculturismo, tem uma aplicação muito interessante. A forma como ele é integrado com o treino, seja ele de costas ou de peito, envolve uma série de fatores. Apesar de o pullover ser um movimento de apenas uma articulação ativa, ele é um movimento complexo e que precisa ser feito com o máximo de eficiência. Mas antes de falarmos disso, temos que entender quais são os músculos solicitados na sua execução!

Utilizar para treino de costas ou para treino de peitoral?
          A resposta para este caso não é tão simples: pode ser utilizado em ambos? No meu ponto de vista, não! Basta analisar o movimento sob a ótica da cinesiologia.


         O pullover se caracteriza por ser uma flexão de ombro. Neste caso, temos como motores primários do movimento o grande dorsal, peitoral maior, principalmente a porção esternocostal, tríceps braquial, com maior ênfase na porção longa e serrátil anterior. Desta maneira, todos estes músculos têm participação ativa no movimento do pullover. Porém, em sua execução para peitoral utilizando um dumbbell é necessário o recrutamento de vários músculos auxiliares para realização do movimento sendo que há uma ação muito modesta na região do peitoral. 

Arnold utilizava o Pullover para treino de peitoral, observem que a ação é muito maior na região Dorsal.

                     Agora para treinos de Dorsal o Pullover é uma ótima opção ainda mais quando utilizado em uma maquina como pré-exaustão. Até existem estudos eletromiográficos, que indicam uma maior ativação do grande dorsal.

E também utilizava um Pullover máquina para treino Dorsal 

Arthur Jones o fundador da Nautilus 
           Uma dica do prof. Waldemar Guimarães